terça-feira, 1 de novembro de 2011

Família brasileira



Apresentação do 1ºato da peça "Família brasileira" na escola Dr. Cláudio de Souza dia 21 de outubro de 2011

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Olhai os livros na estante - Gabriel Perissé

Fonte: afilosofiadolobo.blogspot.com

"No dia 29 de outubro comemoramos o Dia Nacional do Livro.

E de tanto contemplar os livros do meu pequeno escritório senti a irresistível vontade de fazer um sermão:

Brasileiras e brasileiros... olhai os livros por um instante! Celebremos o dia do livro nacional! Pensemos com carinho nesse objeto subjetivo, nessa fonte da eterna inquietude, nesse micro-universo feito de papel e letras.

Olhai os livros de banda, mais caros do que muitas vezes o nosso bolso pode aguentar. Olhai os milhões de leitores esperando o milagre da multiplicação das livrarias.

Olhai as editoras (mal) tratando o livro como bem comercial, o que nem sempre faz bem à literatura nacional.

Olhai os poucos livros que dizem tanto e os muitos que nada acrescentam (mas que mesmo assim são livros, e merecem um olhar de amor, de compaixão).

Olhai os livros, portanto, sabendo que nas listas dos mais vendidos é possível encontrar "livros" com fotos de leões cansados, patos perplexos, porquinhos simpáticos, livros coisa nenhuma - enquanto outros, nas prateleiras baixas das estantes escondidas guardam segredos que nos tornariam mais humanos.

Olhai os livros nos sebos, contai os livros nos dedos, amai os livros inteiros, amontoai os livros no quarto, na sala, no vosso banheiro!

Olhai os livros e vede: não falam nem ouvem, e no entanto fazem o leitor mais eloqüente e mais atento ao mundo que o cerca. (E ao mundo que abriga em seu peito.)

Olhai os livros e vede: não cantam, não voam, e no entanto fazem o leitor espantar os males, sobrevoar terras e mares.

Olhai os livros e escolhei os que intensificam a vossa personalidade.

Olhai os livros e comprai os que podem trazer poesia para a prosa do vosso dia-a-dia.

Olhai os livros num canto, à espera de serem "ligados" pela nossa inteligência e imaginação.

Olhai os livros enquanto há tempo, pois chegará um tempo em que poderão se esgotar.

Olhai os livros mal traduzidos, mal revisados, mal distribuídos, mal prefaciados.

Olhai os livros abandonados e esquecidos, os livros menosprezados, empilhados no escuro, por cupins corroídos.

Olhai os livros em paz, mesmo que estejamos em guerra.

Olhai os livros apocalípticos, os poéticos, os livros que nos alegram ou deprimem, os livros que nos livram de todo mal."

Olhai os livros na estante, esse artigo de primeiríssima necessidade!

Sobre o autor:

Gabriel Perissé (perisse@uol.com.br), carioca, Mestre em Literatura Brasileira pela USP e Doutorando em Pedagogia pela USP, é professor universitário, coordenador-geral da ong literária PROJETO LITERÁRIO MOSAICO (www.escoladeescritores.org.br), autor dos livros LER, PENSAR E ESCREVER (www.arteciencia.com.br/referencia/lerpensar2.htm) e O LEITOR CRIATIVO, e editor da Revista Internacional VIDETUR-LETRAS (http://www.hottopos.com/vdletras3/index.htm).

Internet: www.escoladeescritores.org.br;

correio eletrônico perisse@uol.com.br

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Peça teatral

Auto da Barca do Inferno - Figuras contemporâneas (1ª parte)

Texto original: Gil Vicente - Adaptação: Tetê Macambira e Grupo Sem Nome
Personagens:

Anja
Diaba
Playboy
Bobo
Pastor
Vanderléia Kelly

Bebel
Adevogado
Bin Lada

3 cavaleiros

(Ao fundo, impressão de um lago. Abicadas à beira, duas barcas diametralmente colocadas. Se possível, areia na boca de cena. Luz soturna. Entra a Anja, vestida de branco, mais parece uma neo-hippie que uma delegada do paraíso. Está carregando uma bolsa estampada, da qual escapa pontas de écharpes, incensos, pincéis etc... Ao entrar, a luz vai ficando mais clara, como se dela irradiasse uma luz da manhã. Entra e observa a barca colocada na outra ponta. )


ANJA 1: (falando para a outra anja): Ihhhhhhhhhhhhh... mas que barca mais triste, né!!! Assim não dá! Olha! (e vira a cabeça para cima como se falasse para alguém superior, mas sem cerimônias) Não pense que vou deixar uma ou outra alma entrar numa canoa quebrada dessa! Se ao menos, fosse a praia de Canoa quebrada, tuuuuuuuuuuuuudo bem!

ANJA 2: Concordo com você, mais que penúria essa pobre!!! Não, assim não dá! Ainda bem que vim preparada: trouxe flores, fitas, incensos e tintas para que a minha barca seja a maaaaaiiiiiiiiiiiiiiiis linda deste entrementes do lago do destino.

ANJA 1: (Vira-se ao público) É, porque qualquer um de vocês quando morrer, vai querer encontrar banda, alegria e tudo o mais na hora de selecionar quem vai para o lado dos danados (aponta a barca próxima) e quem vai (se dirigindo à outra barca) à terra abençoada! E quem – de vocês – gostaria de ir ao paraíso numa tranqueira daquelas????... não, não e não! Vamos dar um jeito nisso!

ANJA 2: (Entristece-se e vira-se para a platéia com pesar na fisionomia) Se bem que são bem poucas as almas que têm alcançado a graça eterna... Estão todos tão acostumados com os mal-feitos que nem sei... Mas (apruma-se, de súbito), vamos aguardar que hoje será melhor!! Hoje pode ser o dia que todos serão salvos!!!
DIABA (entrando, ainda se ajeitando. Ela está vestida para matar: vestido vermelho, meia arrastão, sapato preto de salto alto, boá preto sobre os ombros e ajeita uma tiara vermelha com dois chifres de acetato vermelhos com baterias pisca-pisca inseridos): Iludida! Tá achando que a mamãezinha aqui perdeu o jeito, é?... hahaha!!! Sua boba!!! Todos que vierem hoje serão meus..........meus................... mEEEEEEEEEEEEEEEEUUUUUs! Huhuhuhu!
ANJA 1: (virando-lhe ostensivamente as costas e se dirigindo à sua barca): ihhh ta se achando!... De repente, me deu uma vontade louca de acender um incenso! (Chega à sua barca, deposita no chão a sacola e começa a organizar as coisas que trouxe para enfeitar a nau. Acende um incenso. Prolonga esse processo com dedicada atenção e paciência, enquanto a Diaba se anuncia ao público)
DIABA: Vai, vai, tonta duma figa! Santinha do pau oco! Não vai ter mesmo o que fazer o dia todo! (Liga as baterias dos seus chifres) Pooooooodre de fashion esse lance aqui, ó!!! Quem foi que disse que no inferno não se segue a moda? .. Atenção para a diaba de plantão: vestidinho básico vermelho de Pior, sapatinhos incandescentes de (cantarola, imitando o jingle da Eveíza) Torturiza.... e, para completar acessórios da Caloraço!! (requebra-se, deliciada) Isso é que é estar na
moda!! Não sou (fala mais alto e intencionalmente à Anja) como umas e outras, que compram tudinho em pontas de estoque e liquidação..... (cantarola desafinadamente) lá, lá, lá....
ANJA 2: (suspira, aborrecida): Vaidade e ganância são pecados capitais, minha cara. E Preguiça também. Portanto, nos deixe trabalhar na minha barca, sua afetada!
DIABA: Hihihihi.. se queimou, foi, bebé?
ANJA 1: Sua endiabrada, tome tento que lá vem o primeiro freguês e tá com pinta de ser todo seu....
DIABA: Heim??? Ops! (ao público) Lá vem o primeiro.....

CENA 1
As mesmas e Playboy
(Música incidental: Retrato de Playboy 2, de Gabriel, o Pensador. Entra um playboy vestido com roupas de grife, tentando falar ao celular. Entra desfilando, exibindo-se à platéia. Se possível, paquera com uma ou outra “fã”. Vai até o fim da boca de cena e retorna. Música pára. Ele se dirige à Diaba)

PLAYBOY: Para onde é que vai essa barca, heim?
DIABA: Vai para a terra maldita, e já está de partida.
PLAYBOY: E a senhora vai para lá, é?
DIABA: (sedutora): É isso aí. Vamos? (roça-lhe o boá no rosto)
PLAYBOY: Essa sua barca ‘tá bem quebrada, não é?
DIABA: (mesmo jogo): Ora!!! O senhor a está vendo do lado de fora. Ali dentro é bem melhor!!!
PLAYBOY: Mas para onde é mesmo que vai, heim???
DIABA: (deliciada): Diretamente para o inferno!
PLAYBOY: (desvencilha-se da Diaba): Ô terrinha mais sem graça essa sua, heim?
DIABA: Vai ficar me zoando, é?
PLAYBOY: E tem alguém querendo ir nessa banheira?
DIABA: Sabe que eu ‘tô te achando perfeitinho para ir?
PLAYBOY: É você quem ‘tá dizendo...
DIABA: (irônica): E por que mesmo espera Vossa Senhoria escapar de ir ao Inferno, posso saber?
PLAYBOY: Tem um monte de gente rezando por mim lá embaixo.
DIABA: Ahhhnn... quer dizer então que você li-te-ral-men-te deita e rola lá embaixo, esperando que rezem por você ao vir para cá? Xiiii.. Pára de enrolar e entra logo aqui; deixa de conversa, playboyzinho!
PLAYBOY: O que é que é? To fora! ‘Tá pensando que é assim, é?
DIABA: Embarca logo! Foi esse o que você escolheu, portanto, contente-se! Ajoelhou, neguinho? Agora tem que rezar!
PLAYBOY: Não tem nenhuma outra barca por aqui?
DIABA: Não senhor! Você até já me deu o sinal de que viria para cá.
PLAYBOY: (espantado): E que sinal foi esse?
DIABA: Ah!... e já esqueceu as armações que aprontou lá por baixo, foi? Sempre se aproveitando da sua posição social e pisando nos mais pobres, é? Pois, filhinho, curtiu!? agora aproveite o que plantou! Entre logo nessa barca que eu já ‘tô perdendo a paciência!
PLAYBOY: Nã-nã-ni-na-não! Peraí. Devagar. Vou praquela outra barca. (Tenta chamar a atenção da Anja) Ei! Ei! EI! Ei, sua hippie! ‘Tá ouvindo não, é sua lesada? Agora foi!!! Aqui só tem incompetente! ‘Tão achando que ‘tão tratando com qualquer um, é? EIIII...! Tu aí, ô de branco! Ei, songa-mouca! Quero entrar nessa barca aí enfeitada! (Dirige-se à barca da Anja) Ei!!! (à parte) Mas que mau gosto, heim??? (à Anja) Oi!
ANJA 1: (desprezando-o): Que é que cê quer, hem?
PLAYBOY: É essa barca aí que vai pro Paraíso, é?
ANJA 1: Pra que é que cê quer saber?
PLAYBOY: Queria ir pra lá.
ANJA 1: Disseste bem: Q-U-E-R-I-A-S. Mas não irás. Infelizmente para ti. Felizmente para mim. ‘Tá?
PLAYBOY: Ah, qual foi? Sabe com quem está falando?!? Luís Victor Alcântara DE Lamartine E Belucci. É melhor para você me colocar aí dentro, senão...
ANJA 1: Senão o quê? Vai contar pro papai, é?... Se liga, meu! Tu morreste e teu nome não vale nada. ‘Tá ligado, maluco?
PLAYBOY: Ô meu!! Dá um jeitinho aí, vai... Olha... (olha para um lado e para o outro enquanto tira a carteira do bolso traseiro da calça).. tenho um bilhete de entrada... (mostra dinheiro)
ANJA 1: Dinheiro aqui, como teu nome, não vale nada.
PLAYBOY: Mas (mostra os cartões de crédito) tenho outras opções: Visacard, hipercard... tcharans!, Visaelectro e... mastercard!
ANJA 1: É, mas para entrar no céu, não tem preço.
PLAYBOY: Vem cá, gatinha! Você não ‘tá no seco, não, heim? (tenta agarrar a Anja)
ANJA 1: Galinhando desse jeito, nem aquela ali (apontando desprezivelmente para a Diaba) vai te querer.
DIABA: (ao longe): Que foi, heim?^’Tá falando de mim, né? Se faz de santa mas passa todo o além-vida me criticando!
ANJA 1: Nada não... (à parte) ô mulherzinha estressada! Deve ser o calor da menopausa. (Ao playboy) Pois, seu Fulano-não-sei-das-quantas- E- etc, trate de tirar o cavalinho da chuva e vá ciscar naquele galinheiro. Vá! Passa!
PLAYBOY: Maior malfeitão! Olhaí!.... (volta cabisbaixo à Diaba)
(Ao ver o Playboy voltando, Diaba dá uma gargalhada triunfal e se ajeita toda para recebê-lo)
DIABA: Deixa para lá aquela tonta... Entra logo aqui, que somos farinha do mesmo saco. Pega logo os remos e chegando lá, serás bem atendido. Entra! (insinua-se)
PLAYBOY: Mas que calor aqui, heim? Maldito este forno! Que inferno!
DIABA: (sorri e começa a chamar mais gente) Olha a barca! Olha a barca! Vamos, que quero ir logo e não tenho o dia todo livre! Minha agenda está lo-ta-da-!

CENA 2
Os mesmos e Bobo
(Música incidental: Balada do Louco, por Mutantes. Entra a Bob. Vestido de forma espalhafatosa e estranha; meias de cores diferentes, uma blusa desestruturada, nada parece dar certo com nada. Entra mexendo numa matraca e numa corneta azul, vermelha e branca. Ao entrar, brinca consigo mesmo, maldiz-se, reclama da vida, se possível, pergunta a um ou outro da platéia como vai a vida? O tempo tá bom? Etc... Isso tudo deve demorar apenas uns 3 a 5 minutos. Ele caminha sem rumo, sem apresentar um objetivo principal. A música pára. O Bobo se dirige à Diaba, que o observara por todo o tempo com um ar de insatisfação. Quanto à Anja, se divertia com as “marmotas” do Bobo.)

BOBO: Oxente! E tem tu aí , é?
DIABA: Quem é você?
BOBO: Sou eu. Essa barcaça é da gente, é?
DIABA: De quem?!?
BOBO: Dos abestados, é?
DIABA: Toda sua. Entra.
BOBO: Pulando ou voando, é?
DIABA: Como quiser. Entra!
BOBO: (olhando ao redor): Ôxe, adoeci e morri sozinho, é?
DIABA: Morreu de quê?
BOBO: De disenterícia, sô!
DIABA: De quê?!?...
BOBO: De caganeira, ôxi!!!
DIABA: Entra, põe logo o pezinho aqui!
BOBO: (vai colocando o pé, mas hesita): Êêêê.... pra que tanta pressa?
DIABA: Entra logo, senão quando a gente pegar o beco, você vai ficar sozinho aqui que nem quando morreu.
BOBO: Tenha calma aí, minha fia! Pra donde é que a gente vai mermo?
DIABA: Ao porto de Lúcifer
BOBO: Hã..?!?
DIABA: Ao inferno! Entra!
BOBO: Ao inferno!? Pera lá! Barca maldita, barca danada, barca perdida, barca dos endemoninhados! Tomara que vire e nunca volte à tona, tomara que emborque de borco e não mais desvire, tomara que se perca e vá parar nos costados dos infernos! Só quem entra aí é quem tem pareceria com o chifrudo, o tinhoso, o coisa-ruim, o inimigo, o cão, satanás, o sinistro, o errado, o filho abortado do céu, o malfeitor, o anjo negro, o vampiro doidão, o sanguessuga das almas benditas, o cornudo, o sem-jeito! Tomara queime no fogo do inferno, tomara seja escorraçado até mesmo do inferno! Ratinho da Giesteira! O demo que te pariu!Toma o pão que te caiu! Vai pra ponte que caiu! Hu! Hu! Hu! Maldito! Maldito sejas e que nunca encontre paz nem sossego!
(à medida que vai soltando todas essas imprecações e mais algumas, o Bobo vai se dirigindo à barca da Anja, que está sorrindo com os impropérios ditos pelo Bobo à Diaba)
BOBO: Ó da barca!
ANJA 2: Que queres?
BOBO: Não quer me passar para lá, não, heim?...
ANJA 2: E quem és tu?
BOBO: Não sou ninguém.
ANJA 2: Tu podes até passar, se quiseres. Tudo porque nunca fizeste mal a ninguém, pelo menos não de propósito. Tua simplicidade te basta para desfrutar dos prazeres celestiais. No entanto, espera aí um pouco, vamos ver se sobra vaga para ti...
BOBO: Esperar, é?... Por quê?
ANJA 2: Porque pode aparecer gente mais merecedora que tu. E não deves tomar o lugar de seu ninguém. Entendeste?
BOBO: Ôxi!! Entendi, sim senhora!!! A senhora fala bonito que faz gosto! Então vou ficando por aqui pra ver se me sobra um lugarzinho aí preu, ora se vou!!!
DIABA (à parte, despeitada): é isso mesmo, o céu só dá atenção aos que são abestados feito esse daí...

C E N A 3
Os mesmos e o Religioso

(Música incidental: “Eu era um bêbado..”. Entra o religioso. Trôpego, bebendo sofregamente de uma garrafa vazia de pinga, o paletó amarfanhado, a barba por fazer, a camisa de mangas compridas meio fora da calça, suja. Do bolso saem dinheiro, garrafas. Está agarrado a um microfone e fala como se estivesse orando no templo. Música pára. Ele se aproxima da anja, meio perdido entre as barcas)

RELIGIOSO: Glória a Deus! Ahh que beleza! eu sei aproveitar bem a vida... (cantando: ver a mulherada na madrugada ficando louca...)
DIABA: pois entra aqui que eu toco direitinho...
RELIGIOSO: Que é isso, minha filha?
DIABA: Tenho uma guitarra quente e faremos uma dupla sertaneja!
RELIGIOSO: Aaahnn.. música sertaneja? Éé.. pode ser. Mas para onde é mesmo que você quer me levar, heim, sua danadinha?!?
DIABA: Gentil amigo da cachaça e da farra, você vai beber com o demo, que ele já se prepara para beber na sua cabeça oca de quem só se aproveitou da fé alheia!
RELIGIOSO: Como é que euzinho possa ser condenado? (já estou até ficando sóbrio com essa história torta..) Um religioso tão dedicado, eloqüente e fiel a todas as mulheres!
ANJA 1: É, e é assim que muitos fiéis acabam se afastando da fé e indo parar nas mãos daquela ali ó (e aponta para a diaba); é por terem acreditado em pessoas tão indignas, tão levianas, que cometem pecados e fazem os outros cometerem também!
RELIGIOSO: Ah, minha senhora! Sem sermão, vai! Como eu já disse, a maioria trai, adultera, engana...
ANJA 2: E tu achas mesmo que um fazendo errado justifica você também fazer, é?... Nãããão... neguinho, cada um paga pelo próprio pecado e pelos pecados que fez o outro cometer.
RELIGIOSO: Pelo menos, não fazemos como uns e outros que estão aliciando menores de idade!
ANJA 1: Mas também não são todos! Se for procurar em cada religião, tem sempre alguém que comete algo errado. São homens pecadores como qualquer outro e que se deixam levar, muitas vezes, pela facilidade do erro.

DIABA: E aí é que eu entro... recebendo todos esses homens religiosos-só-da-boca-pra-fora aqui, na minha barca!! hahahaha
RELIGIOSO: Vixe!!! E o julgamento? Não vai ter não, é?
ANJA 2: Não basta colocar a mão na consciência e ver? Porque uma coisa você não pode negar; um homem da religião deveria ter mais consciência dos erros que comete. E isso é pecado sem volta!
DIABO: Olha, para você meu fio, não tem jeito: entra logo aqui.
PLAYBOY: Ei!!! Vai colocar qualquer um aqui dentro mesmo, é?
DIABA: Claro! Não comecei com você, seu pamonha? (ao religioso) Vamos, a sentença já foi dada. Entra!
RELIGIOSO: Vixe! E a dama diaba ‘tá ficando nervosinha, agora é?...
PLAYBOY: Ih, meu, até eu já estou com vontade de te dar um sossega leão aí, viu?
BOBO: Anda logo, seu abestado!!! Que porcos da tua laia eu enxoto é com vara (faz gesto de quem está açoitando com uma vara) Xô! Xô! Xô! Vai pra dentro do inferno que tu criou, mosca morta! Vai-te, com mil satanás!
RELIGIOSO: Bem, pelo parecer de todos, é o que eu mereço. Pelo visto, a tantos que enganei em vida, não consigo mais enganar ninguém, nem a mim mesmo...
DIABA (à parte): Ainda aprendo um dia a fazer crochê e relaxar..... (ao religioso) Vamos logo que eu já estou pensando em aumentar a sua pena! Quanto mais me encher o saco, maior será a sua sentença! Vamos! Se avie, homem!
RELIGIOSO: Bem, já que é a única sentença proferida e que não poderei apelar a mais nada, o jeito é me resignar e ir-me antes que as coisas piorem de jeito por aqui.. Fui! (entra, finalmente)
BOBA: Achou um bom cantinho aí, ao lado desse bonequinho todo encarapitado, se achando o dono do inferno da pedra, não foi, seu religioso de meia-tigela? Canto melhor os está aguardando é no inferrnnno!!!! Huhuhu!!!
RELIGIOSO: (tira uma garrafa cheia e bebe um gole, fazendo uma careta horrenda depois): O que é isso?!?.... guaraná?!?...
DIABA: Isso é só por ter demorado a se decidir, me fazendo perder tempo, seu miserável, hahahah...

CENA 4 – Os mesmos, Vanderleia Kelly e Bebel

Música: Só as cachorras (Bonde do tigrão), entra Valquíria Kelly com roupa de prostituta

DIABA: (Enquanto ela dança a diaba olha e diz): Aff... que modelito brega, só pode ser de brechó! Quem são vocês eihn? suas mal-amadas?

BEBEL: eu sou Bebel, amiga intima e confidente da Lady Kate – que que é? to pagano!!!

VANDERLEIA KELLY: só porque é amiga daquela branquela que nunca consegue entrar para a high Society (Raí saçaite) se acha. Eu sou Vanderleia Kelly – Kelly com K, dois LL e y no final – a seu dispor. E você? Quem é?

DIABA: Eu sou a mamãe Noel e esse aqui é meu trenó que DÁ presente pra todo mundo hahaha

BEBEL: uiaaaaaa..... (olha maliciosamente para o publico) essa barca da luz vermelha eu não conhecia!!! Uiiiii... deve ser no embalo das ondas...

DIABA: Vixe!!! Você vai perceber o fogo que vai sentir aqui dentro (ri sarcasticamente para a platéia)

VANDERLEIA KELLY: Vamos fazer um cruzado pelos mares mais revoltosos da terra.

DIABA: por 1.000 diabos, além de brega ainda é burra! Fazer um CRUZEIRO, sua anta!!!

VANDERLEIA KELLY: Mais eu quero ser a comandanta, vou mudar muita coisa por aqui, a começar por essa barcaça velha. Quero uma nova, colorida, cheia de luzes...

DIABA: Hahahaha! Ainda querem exigir. (Para o público) Elas não sabem o que as esperam hahahaha...

RELIGIOSO: Vem cá gatinhas! Vamos curtir a eternidade juntos.

VANDERLEIA KELLY: Você paga bem é??? (insinuando-se para o religioso)

BEBEL: ééé tem que pagar bem mesmo, porque lá na outra vida nóis era tão pobre que calçava sofá quebrado com tijolo e tomava cerveja em copo de requeijão (Ai que inveja da Lady Kate)

RELIGIOSO: O quanto vocês quiserem, por dia recolho sacos e sacos de dinheiro (fala esfregando polegar e indicar e olhando para o publico) – causo de que grana eu tenho. E ainda dizem que dinheiro não traz felicidade...

PLAYBOY: Que sujeitinho mais desqualificado! Um Alcântara de Lamartine e Belucci jamais entra numa barca furada dessa (apontando para Valquíria Kelly) queremos quengas de luxo.

(Vanderleia Kelly vai entrando na barca)

VANDERLEIA KELLY: Epaaaa....mais espere ai, que cheiro estranho de enxofre com CC é esse?

DIABA: deve ser o cheiro dos seus pecados, agora vocês terão que dar conta de cada um deles, não tem mais como escapar.

VANDERLEIA KELLY: Então quer dizer que nós batemos as botas mesmo é?

DIABA: É isso ai suas messalinas, agora vocês vão agenciar quengas no INFERNO!!!

BEBEL: (assustada) Que a santa das prostitutas nos protejam!

VANDERLEIA KELLY: Nãooooooo!!! Somos pessoas boas, sempre fizemos muitas obras de caridade, sempre demos aos pobres e necessitados.

DIABA: Você nunca ouviu aquele ditado que diz: é DANDO que se recebe? Você tanto DEU que agora vai receber... no bordel do demo hahaha entra logo e aproveita bem a vida (ops! A morte), você e o religioso de meia tigela vão se dar muito bem hahahaha

VANDERLEIA KELLY: (entrando na barca encontra o religioso e diz: hahaha bem feito seu religioso de uma figa, sua religião tanto me criticou e olha o seu fim, igual ao meu hahahaha! É muito fácil falar de Deus, o difícil é viver o que ele manda.

CENA 5 – Os mesmos e Adevogado

DIABA: Ihhh... esse é liso que nem quiabo!

ADEVOGADO: Boa tarde excelentíssima, sou adevogado da décima quarta vara regional federal, um homem respeito e venerado por todos, tenho muitos casos e muito dinheiro a ganhar e não sei porque ruminância estou aqui.

DIABA: Ahhh! Sabe não é??? Lembra daquele assassino playboy que ateou fogo num índio DORMINDO que você inocentou? Lembra daquele pedófilo que abusou da própria filha de 10 anos e nem sequer foi para a cadeia? Lembra da GRANA que você recebeu daquele jogador que esquartejou a amante e queria matar o próprio filho? E tem mais, deixa eu pensar...

ADEVOGADO: (para a platéia) que falta de menosquência!!! A questão é a seguinte senhorita: esse era meu labor, sou um homem rico, honrado e merecedor do espaço infinito onde se movem os astros, por isso estou a me dirigir para aquela cafona embarcação costeira onde se emprega na cabotagem (dirije-se para a anja): Ente puramente espiritual, dotado de personalidade própria , superior aos homens e aos demais seres terrenos, segundo meu processo posso me considerar inocente, pois fui um homem reto, justo e integro.

ANJA: Reto? Justo? Integro? Faça-me rir seu advogado do diabo, pensa que me engana com essa ladainha difícil? Você está condenado a viver (ou a morrer, sei lá) a eternidade no fogo do inferno junto com aqueles que você inocentou.

ADEVOGADO: (chorando um choro nitidamente falso) quero voltar e me redimir de meus pecados, serei pastor ou padre, vou fundar uma igreja e levar MUITOS a ter uma vida digna.

DIABA: ihhh! Vamu pará com essa choradeira que aqui nesse cais tem detector de mentira e de pilantra. E todo mundo ta cansado de saber que, de boas intenções, o inferno ta cheio, pergunta para aquele “religioso” ali pra você ver, e aproveita e já se refresca com o guaranazinho quente e sem gás dele. (o adevogado entra, toma um gole do refrigerante e cospe)

ADEVOGADO: Aff! Isso é pior que presídio de segurança máxima!

CENA 6 – Os mesmos e Bin Lada

Musica:

DIABA: Opa! Esse ai tem passaporte vip! Vai direto para o colo do chifrudo hahaha

BIN LADA: "Achadu ala ilaha ila Allah. Achadu ana Mohammad Rassululah" finalmente chegou o dia em que serei coroado por meus atentados e explosões. Alá me dará o paraíso com milhares de virgens... (olha para a platéia com ar de safado)

DIABA: hahaha virgens??? Isso é mais difícil de achar que agulha em palheiro meu filho, pode tirar seu camelo da chuva.

BIN LADA: Alá me prometeu milhares de virgens, quanto mais injustos matei na terra, mais donzelas terei no céu. Humm só com a explosão das torres gêmeas, imagine quantas virgens já não acumulei!!! (ri maliciosamente para a platéia)

DIABA: ô coitado!!! E você acha que um velho como você dá conta de um monte de donzelas? Não deve ta dando conta de mais nenhuma hahaha

BIN LADA: Ta duvidando é camelinha ajeitada???

DIABA: Olha pra mim velho fidido, acha que vou querer um ultrapassado feito você. Sou uma mulher da moda!

BIN LADA: Castigar-vos-ei com 100 chicotadas como ordena o alcorão, pois além de recusar um companheiro de Maomé, isso são vestes que uma mulher (para a platéia: que é beeeem inferior aos homens) deve vestir? Deves vestir-se com aquela burka que só aparece os olhos através da redinha (riso sarcástico para a platéia)

DIABA: êêê veio atrasado!!! O que é bonito é pra ser mostrado, mais vocês são manés mesmo, te falar viu!!!

BIN LADA: Minha barca não é essa, minha predestinação é viver no paraíso ao lado de Maomé com a mulherada toda, pois morri no jihad defendendo os direitos de Alá, por isso já tenho vida eterna garantida.

ANJA: É Alá mesmo (e mostra a barca), porque aqui não é não!

BIN LADA: Que diabo de anja mais esquisita é essa?

ANJA: (olhando para o céu) Daí-me paciência! É cada freguês que me aparece!!!

BIN LADA: (confuso) E como não herdarei o céu se vivi conforme os costumes do Alcorão? Há tantas religiões no mundo, como saber qual é a certa? Cada um vive e morre defendendo suas crenças e querendo obrigar aos outros a aceitá-la

ANJA: É muito simples meu caro, basta ser limpo de mão e puro de coração, como aqueles famosos cavaleiros que viveram dignamente e morreram por amor a Cristo...

Vem três cavaleiros cantando, os quais trazem cada um a cruz de Cristo, pois morreram em poder dos mouros por causa de sua fé. São inocentes e privilegiados os que assim morrem.

CAVALEIROS:


À barca, à barca segura,

barca bem equipada,

à barca, à barca da vida!

Senhores que trabalhais

pela vida transitória,

memória , por Deus, memória

deste temeroso cais!

À barca, à barca, mortais,

Barca bem equipada,

à barca, à barca da vida!

Vigiai-vos, pecadores,

que, depois da sepultura,

neste rio está a sorte

de prazeres ou dores!

À barca, à barca, senhores,

barca mui enobrecida,

à barca, à barca da vida!


E passando adiante da barca da diaba assim cantando, com suas espadas e escudos, disse a diabao Arrais da perdição desta maneira:

Diabo — Cavaleiros, cêis passam e nem perguntam onde devem ir?

1º CAVALEIRO: Não desconfia não ô sua tapada?

2º CAVALEIRO: vivemu feito umas besta, todo mundo fazia nóis de tonto, amamos e só levamos na cara, morremos por Cristo no norte da África (antes do final da copa do mundo ainda – nem deu tempo de ver o jogo da Espanha e Holanda). Ahh e chega neh nem preciso falar mais nada...

Diabo: Ahh seus bobões, então entrem nessa barca e aproveitem a vida (ou a morte) (riso sarcástico para o publico)

3° CAVALEIRO: ô sua besta, quem morre por Jesus Cristo não vai nessa sua barca fidida não derrr

Tornaram a prosseguir, cantando, seu caminho direito à barca da Glória, e, tanto que chegam, diz o Anjo:

Anjo — Ó cavaleiros de Deus, a vós estou esperando, que morrestes pelejando por Cristo, Senhor dos Céus! Sois livres de todo mal, mártires da Santa Igreja, que quem morre em tal

peleja merece paz eternal.

E assim embarcam, e o bobo os segue.


Peça teatral retirado do site http://papeldearte.blogspot.com/2009/07/auto-da-barca-do-inferno-figuras.html e adaptado e finalizado por Sonia Medeiros de Barros.

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

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Prezados (as) Colegas,

Na página da Fundação Getúlio Vargas estão disponíveis cursos on-line gratuitos. Vale a pena conferir!

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sexta-feira, 19 de agosto de 2011

305 Livros grátis - É só clicar no titulo...

1. A Divina Comédia -Dante Alighieri
2.
A Comédia dos Erros -William Shakespeare
3.
Poemas de Fernando Pessoa -Fernando Pessoa
4.
Dom Casmurro -Machado de Assis
5.
Cancioneiro -Fernando Pessoa
6.
Romeu e Julieta -William Shakespeare
7.
A Cartomante -Machado de Assis
8.
Mensagem -Fernando Pessoa
9.
A Carteira -Machado de Assis
10.
A Megera Domada -William Shakespeare
11.
A Tragédia de Hamlet, Príncipe da Dinamarca -William Shakespeare
12.
Sonho de Uma Noite de Verão -William Shakespeare
13.
O Eu profundo e os outros Eus. -Fernando Pessoa
14.
Dom Casmurro -Machado de Assis
15..
Do Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
16.
Poesias Inéditas -Fernando Pessoa
17.
Tudo Bem Quando Termina Bem -William Shakespeare
18.
A Carta -Pero Vaz de Caminha
19.
A Igreja do Diabo -Machado de Assis
20.
Macbeth -William Shakespeare
21.
Este mundo da injustiça globalizada -José Saramago
22.
A Tempestade -William Shakespeare
23.
O pastor amoroso -Fernando Pessoa
24.
A Cidade e as Serras -José Maria Eça de Queirós
25.
Livro do Desassossego -Fernando Pessoa
26.
A Carta de Pero Vaz de Caminha -Pero Vaz de Caminha
27.
O Guardador de Rebanhos -Fernando Pessoa
28.
O Mercador de Veneza -William Shakespeare
29.
A Esfinge sem Segredo -Oscar Wilde
30.
Trabalhos de Amor Perdidos -William Shakespeare
31.
Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
32.
A Mão e a Luva -Machado de Assis
33.
Arte Poética -Aristóteles
34.
Conto de Inverno -William Shakespeare
35.
Otelo, O Mouro de Veneza -William Shakespeare
36.
Antônio e Cleópatra -William Shakespeare
37.
Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
38.
A Metamorfose -Franz Kafka
39.
A Cartomante -Machado de Assis
40.
Rei Lear -William Shakespeare
41.
A Causa Secreta -Machado de Assis
42.
Poemas Traduzidos -Fernando Pessoa
43.
Muito Barulho Por Nada -William Shakespeare
44.
Júlio César -William Shakespeare
45.
Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
46.
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
47.
Cancioneiro -Fernando Pessoa
48.
Catálogo de Autores Brasileiros com a Obra em Domínio Público -Fundação Biblioteca Nacional
49.
A Ela -Machado de Assis
50.
O Banqueiro Anarquista -Fernando Pessoa
51.
Dom Casmurro -Machado de Assis
52.
A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
53.
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
54.
Adão e Eva -Machado de Assis
55.
A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
56.
A Chinela Turca -Machado de Assis
57.
As Alegres Senhoras de Windsor -William Shakespeare
58.
Poemas Selecionados -Florbela Espanca
59.
As Vítimas-Algozes -Joaquim Manuel de Macedo
60.
Iracema -José de Alencar
61.
A Mão e a Luva -Machado de Assis
62.
Ricardo III -William Shakespeare
63.
O Alienista -Machado de Assis
64.
Poemas Inconjuntos -Fernando Pessoa
65.
A Volta ao Mundo em 80 Dias -Júlio Verne
66.
A Carteira -Machado de Assis
67.
Primeiro Fausto -Fernando Pessoa
68.
Senhora -José de Alencar
69.
A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
70.
Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
71.
A Mensageira das Violetas -Florbela Espanca
72.
Sonetos -Luís Vaz de Camões
73.
Eu e Outras Poesias -Augusto dos Anjos
74.
Fausto -Johann Wolfgang von Goethe
75.
Iracema -José de Alencar
76.
Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
77.
Os Maias -José Maria Eça de Queirós
78.
O Guarani -José de Alencar
79.
A Mulher de Preto -Machado de Assis
80.
A Desobediência Civil -Henry David Thoreau
81.
A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
82.
A Pianista -Machado de Assis
83.
Poemas em Inglês -Fernando Pessoa
84.
A Igreja do Diabo -Machado de Assis
85.
A Herança -Machado de Assis
86.
A chave -Machado de Assis
87.
Eu -Augusto dos Anjos
88.
As Primaveras -Casimiro de Abreu
89.
A Desejada das Gentes -Machado de Assis
90.
Poemas de Ricardo Reis -Fernando Pessoa
91.
Quincas Borba -Machado de Assis
92.
A Segunda Vida -Machado de Assis
93.
Os Sertões -Euclides da Cunha
94.
Poemas de Álvaro de Campos -Fernando Pessoa
95.
O Alienista -Machado de Assis
96.
Don Quixote. Vol. 1 -Miguel de Cervantes Saavedra
97.
Medida Por Medida -William Shakespeare
98.
Os Dois Cavalheiros de Verona -William Shakespeare
99.
A Alma do Lázaro -José de Alencar
100.
A Vida Eterna -Machado de Assis
101.
A Causa Secreta -Machado de Assis
102.
14 de Julho na Roça -Raul Pompéia
103.
Divina Comedia -Dante Alighieri
104.
O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
105.
Coriolano -William Shakespeare
106.
Astúcias de Marido -Machado de Assis
107.
Senhora -José de Alencar
108.
Auto da Barca do Inferno -Gil Vicente
109.
Noite na Taverna -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
110.
Memórias Póstumas de Brás Cubas -Machado de Assis
111.
A 'Não-me-toques' ! -Artur Azevedo
112.
Os Maias -José Maria Eça de Queirós
113.
Obras Seletas -Rui Barbosa
114.
A Mão e a Luva -Machado de Assis
115.
Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
116.
Aurora sem Dia -Machado de Assis
117.
Édipo-Rei -Sófocles
118.
O Abolicionismo -Joaquim Nabuco
119.
Pai Contra Mãe -Machado de Assis
120.
O Cortiço -Aluísio de Azevedo
121.
Tito Andrônico -William Shakespeare
122.
Adão e Eva -Machado de Assis
123.
Os Sertões -Euclides da Cunha
124.
Esaú e Jacó -Machado de Assis
125.
Don Quixote -Miguel de Cervantes
126.
Camões -Joaquim Nabuco
127.
Antes que Cases -Machado de Assis
128.
A melhor das noivas -Machado de Assis
129.
Livro de Mágoas -Florbela Espanca
130.
O Cortiço -Aluísio de Azevedo
131.
A Relíquia -José Maria Eça de Queirós
132.
Helena -Machado de Assis
133.
Contos -José Maria Eça de Queirós
134.
A Sereníssima República -Machado de Assis
135.
Iliada -Homero
136.
Amor de Perdição -Camilo Castelo Branco
137.
A Brasileira de Prazins -Camilo Castelo Branco
138.
Os Lusíadas -Luís Vaz de Camões
139.
Sonetos e Outros Poemas -Manuel Maria de Barbosa du Bocage
140.
Ficções do interlúdio: para além do outro oceano de Coelho Pacheco. -Fernando Pessoa
141.
Anedota Pecuniária -Machado de Assis
142.
A Carne -Júlio Ribeiro
143.
O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
144.
Don Quijote -Miguel de Cervantes
145.
A Volta ao Mundo em Oitenta Dias -Júlio Verne
146.
A Semana -Machado de Assis
147.
A viúva Sobral -Machado de Assis
148.
A Princesa de Babilônia -Voltaire
149.
O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
150.
Catálogo de Publicações da Biblioteca Nacional-Fundação Biblioteca Nacional
151.
Papéis Avulsos -Machado de Assis
152.
Eterna Mágoa -Augusto dos Anjos
153.
Cartas D'Amor -José Maria Eça de Queirós
154.
O Crime do Padre Amaro -José Maria Eça de Queirós
155.
Anedota do Cabriolet -Machado de Assis
156.
Canção do Exílio -Antônio Gonçalves Dias
157.
A Desejada das Gentes -Machado de Assis
158.
A Dama das Camélias -Alexandre Dumas Filho
159.
Don Quixote. Vol. 2 -Miguel de Cervantes Saavedra
160.
Almas Agradecidas -Machado de Assis
161.
Cartas D'Amor - O Efêmero Feminino -José Maria Eça de Queirós
162.
Contos Fluminenses -Machado de Assis
163.
Odisséia -Homero
164.
Quincas Borba -Machado de Assis
165.
A Mulher de Preto -Machado de Assis
166.
Balas de Estalo -Machado de Assis
167.
A Senhora do Galvão -Machado de Assis
168.
O Primo Basílio -José Maria Eça de Queirós
169.
A Inglezinha Barcelos -Machado de Assis
170.
Capítulos de História Colonial (1500-1800) -João Capistrano de Abreu
171.
CHARNECA EM FLOR -Florbela Espanca
172.
Cinco Minutos -José de Alencar
173.
Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
174.
Lucíola -José de Alencar
175.
A Parasita Azul -Machado de Assis
176.
A Viuvinha -José de Alencar
177.
Utopia -Thomas Morus
178.
Missa do Galo -Machado de Assis
179.
Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
180.
História da Literatura Brasileira: Fatores da Literatura Brasileira -Sílvio Romero
181.
Hamlet -William Shakespeare
182.
A Ama-Seca -Artur Azevedo
183.
O Espelho -Machado de Assis
184.
Helena -Machado de Assis
185.
As Academias de Sião -Machado de Assis
186.
A Carne -Júlio Ribeiro
187.
A Ilustre Casa de Ramires -José Maria Eça de Queirós
188.
Como e Por Que Sou Romancista -José de Alencar
189.
Antes da Missa -Machado de Assis
190.
A Alma Encantadora das Ruas -João do Rio
191.
A Carta -Pero Vaz de Caminha
192.
LIVRO DE SÓROR SAUDADE -Florbela Espanca
193.
A mulher Pálida -Machado de Assis
194.
Americanas -Machado de Assis
195.
Cândido -Voltaire
196.
Viagens de Gulliver -Jonathan Swift
197.
El Arte de la Guerra -Sun Tzu
198.
Conto de Escola -Machado de Assis
199.
Redondilhas -Luís Vaz de Camões
200.
Iluminuras -Arthur Rimbaud
201.
Schopenhauer -Thomas Mann
202.
Carolina -Casimiro de Abreu
203.
A esfinge sem segredo -Oscar Wilde
204.
Carta de Pero Vaz de Caminha. -Pero Vaz de Caminha
205.
Memorial de Aires -Machado de Assis
206.
Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
207.
A última receita -Machado de Assis
208.
7 Canções -Salomão Rovedo
209.
Antologia -Antero de Quental
210.
O Alienista -Machado de Assis
211.
Outras Poesias -Augusto dos Anjos
212.
Alma Inquieta -Olavo Bilac
213.
A Dança dos Ossos -Bernardo Guimarães
214.
A Semana -Machado de Assis
215.
Diário Íntimo -Afonso Henriques de Lima Barreto
216.
A Casadinha de Fresco -Artur Azevedo
217.
Esaú e Jacó -Machado de Assis
218.
Canções e Elegias -Luís Vaz de Camões
219.
História da Literatura Brasileira -José Veríssimo Dias de Matos
220.
A mágoa do Infeliz Cosme -Machado de Assis
221.
Seleção de Obras Poéticas -Gregório de Matos
222.
Contos de Lima Barreto -Afonso Henriques de Lima Barreto
223.
Farsa de Inês Pereira -Gil Vicente
224.
A Condessa Vésper -Aluísio de Azevedo
225.
Confissões de uma Viúva -Machado de Assis
226.
As Bodas de Luís Duarte -Machado de Assis
227.
O LIVRO D'ELE -Florbela Espanca
228.
O Navio Negreiro -Antônio Frederico de Castro Alves
229.
A Moreninha -Joaquim Manuel de Macedo
230.
Lira dos Vinte Anos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
231.
A Orgia dos Duendes -Bernardo Guimarães
232.
Kamasutra -Mallanâga Vâtsyâyana
233.
Triste Fim de Policarpo Quaresma -Afonso Henriques de Lima Barreto
234.
A Bela Madame Vargas -João do Rio
235.
Uma Estação no Inferno -Arthur Rimbaud
236.
Cinco Mulheres -Machado de Assis
237.
A Confissão de Lúcio -Mário de Sá-Carneiro
238.
O Cortiço -Aluísio Azevedo
239.
RELIQUIAE -Florbela Espanca
240.
Minha formação -Joaquim Nabuco
241.
A Conselho do Marido -Artur Azevedo
242.
Auto da Alma -Gil Vicente
243.
345 -Artur Azevedo
244.
O Dicionário -Machado de Assis
245.
Contos Gauchescos -João Simões Lopes Neto
246..
A idéia do Ezequiel Maia -Machado de Assis
247.
AMOR COM AMOR SE PAGA -França Júnior
248.
Cinco minutos -José de Alencar
249.
Lucíola -José de Alencar
250.
Aos Vinte Anos -Aluísio de Azevedo
251.
A Poesia Interminável -João da Cruz e Sousa
252.
A Alegria da Revolução -Ken Knab
253.
O Ateneu -Raul Pompéia
254.
O Homem que Sabia Javanês e Outros Contos-Afonso Henriques de Lima Barreto
255.
Ayres e Vergueiro -Machado de Assis
256.
A Campanha Abolicionista -José Carlos do Patrocínio
257.
Noite de Almirante -Machado de Assis
258.
O Sertanejo -José de Alencar
259.
A Conquista -Coelho Neto
260.
Casa Velha -Machado de Assis
261.
O Enfermeiro -Machado de Assis
262.
O Livro de Cesário Verde -José Joaquim Cesário Verde
263.
Casa de Pensão -Aluísio de Azevedo
264.
A Luneta Mágica -Joaquim Manuel de Macedo
265.
Poemas -Safo
266.
A Viuvinha -José de Alencar
267.
Coisas que Só Eu Sei -Camilo Castelo Branco
268.
Contos para Velhos -Olavo Bilac
269.
Ulysses -James Joyce
270.
13 Oktobro 1582 -Luiz Ferreira Portella Filho
271.
Cícero -Plutarco
272.
Espumas Flutuantes -Antônio Frederico de Castro Alves
273.
Confissões de uma Viúva Moça -Machado de Assis
274.
As Religiões no Rio -João do Rio
275.
Várias Histórias -Machado de Assis
276.
A Arrábida -Vania Ribas Ulbricht
277.
Bons Dias -Machado de Assis
278.
O Elixir da Longa Vida -Honoré de Balzac
279.
A Capital Federal -Artur Azevedo
280.
A Escrava Isaura -Bernardo Guimarães
281.
As Forças Caudinas -Machado de Assis
282.
Coração, Cabeça e Estômago -Camilo Castelo Branco
283.
Balas de Estalo -Machado de Assis
284.
AS VIAGENS -Olavo Bilac
285.
Antigonas -Sofócles
286.
A Dívida -Artur Azevedo
287.
Sermão da Sexagésima -Pe. Antônio Vieira
288.
Uns Braços -Machado de Assis
289.
Ubirajara -José de Alencar
290.
Poética -Aristóteles
291.
Bom Crioulo -Adolfo Ferreira Caminha
292.
A Cruz Mutilada -Vania Ribas Ulbricht
293.
Antes da Rocha Tapéia -Machado de Assis
294.
Poemas Irônicos, Venenosos e Sarcásticos -Manuel Antônio Álvares de Azevedo
295.
Histórias da Meia-Noite -Machado de Assis
296.
Via-Láctea -Olavo Bilac
297.
O Mulato -Aluísio de Azevedo
298.
O Primo Basílio - José Maria Eça de Queirós
299.
Os Escravos -Antônio Frederico de Castro Alves
300.
A Pata da Gazela -José de Alencar
301.
BRÁS, BEXIGA E BARRA FUNDA -Alcântara Machado
302.
Vozes d'África -Antônio Frederico de Castro Alves
303..
Memórias de um Sargento de Milícias -Manuel Antônio de Almeida
304.
O que é o Casamento? -José de Alencar
305.
A Harpa do Crente -Vania Ribas Ulbricht